Hoje à tarde, o deputado Valdeci Oliveira (PT) assume, em Porto Alegre, a presidência da Assembleia Legislativa, o segundo cargo mais importante do Estado. Um momento relevante para a cidade, já que, desde 93, não há um santa-mariense eleito para o cargo. Entretanto, o deputado Giuseppe Riesgo (Novo) não votará no conterrâneo. A relação entre ele e Valdeci parece ter ficado estremecida desde que Giuseppe foi às redes sociais colocar a responsabilidade do reajuste da cota parlamentar somente na conta do deputado petista pelo fato de ele ser o 1º secretário da Mesa Diretora, órgão que faz análise dessas atualizações e encaminha para os seis membros da direção avaliar e decidir. Depois das críticas ao Legislativo e o desgaste, a Mesa voltou atrás e revogou o aumento de 117%.
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Mas Valdeci não gostou nada da postura de Giuseppe e, em entrevista ao Diário, disse que houve uma exploração ao seu nome por "oportunistas". O recado era para Giuseppe, embora não tenha mencionado seu nome.
Já o deputado do Novo, por sua vez, postou em redes sociais ao longo da semana os motivos pelos quais não vota em Valdeci. Entre eles, o reajuste revoado da cota parlamentar e o fato do petista ser contra as privatizações e as reformas feitas pelo governo do Estado.
Democraticamente, o deputado Giuseppe tem o direito de ter sua posição. Ela é legitima e deve ser respeitada, no entanto, o fato de a cidade ter um parlamentar de protagonista na Assembleia Legislativa depois de quase três décadas é mais relevante, não importa se ele é de direita, centro ou de esquerda. E mais importante: que a relação estremecida entre os dois deputados, nos últimos dias, não atrapalhe os interesses de Santa Maria, que são bem maiores do que qualquer picuinha.